Fonte:Redação RBT NEWS com informações da GD

Na manhã desta quarta-feira (15), o martelo da justiça ecoou novamente para o ex-vereador João Emanuel. Condenado pelo juiz João Filho de Almeida Portela, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, o político foi considerado parte de um esquema fraudulento que resultou em golpes financeiros estimados em até R$ 50 milhões. A promessa fictícia de empréstimos com taxas de juros abaixo do mercado, sob a roupagem de uma parceria com a China, serviu como anzol para atrair empresários ávidos por investimentos.

A sentença, publicada no Diário de Justiça, repercutiu como um sinal de justiça sendo feito, ainda que com a marca do tempo. Irênio Lima Fernandes, pai de João Emanuel e juiz aposentado, escapou da condenação devido à prescrição do crime, um detalhe não menos marcante na trama.

Além do ex-vereador, figuram na lista de condenados pelo estelionato os nomes de Lázaro Roberto Moreira Lima (irmão de João Emanuel), Evandro José Goulart e Marcelo de Melo Costa. O desfecho desfavorável para esses indivíduos corrobora com o esforço da justiça em dissolver teias criminosas que almejam o bolso alheio.

O enredo desse capítulo sombrio da política local envolve uma gama de personagens, entre eles, João Emanuel, seu pai Irênio, o advogado Lázaro Roberto Moreira Lima, o contador Evandro José Goulart e o empresário Marcelo de Melo Costa. Todos foram denunciados pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) por organização criminosa e estelionato.

As empresas American Business Corporation Shares Brasil Ltda e Soy Group Holdin America Ltda foram os palcos onde se desenrolaram esses golpes audaciosos. Promessas de oportunidades financeiras vantajosas no exterior, aliadas a taxas de juros atrativas, fizeram os olhos de investidores, agricultores e empresários brilharem, apenas para serem decepcionados posteriormente.

Um dos episódios mais emblemáticos dessa trama nefasta envolveu a alegação de um investimento em parceria com a China, onde um “falso chinês” foi usado como peça-chave para iludir uma das vítimas. O resultado foi a emissão de 40 cheques totalizando R$ 50 milhões, uma cifra exorbitante que reflete a confiança depositada na fraude.

Enquanto a justiça caminha, João Emanuel surpreendeu ao anunciar, no último mês de março, sua pré-candidatura a vereador de Cuiabá pelo Solidariedade. Uma reviravolta política que promete gerar discussões acaloradas sobre a moralidade e ética na vida pública. O ex-presidente do Legislativo, já cassado em 2013 por corrupção, enfrentará agora os reflexos de suas escolhas passadas na arena política.

 

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