Fonte:Helen Oliveira/Portal RBT NEWS com informações do PJC

Nesta terça-feira (02.04), a Polícia Civil de Mato Grosso lançou a Operação Apito Final visando desmantelar um sofisticado esquema de lavagem de dinheiro orquestrado por membros de uma organização criminosa em Cuiabá. A operação cumpre um total de 54 ordens judiciais, incluindo 25 mandados de prisão e 29 de busca e apreensão, além da indisponibilidade de 33 imóveis, sequestro de 45 veículos e bloqueio de 25 contas bancárias dos investigados.

Os mandados foram autorizados pelo Núcleo de Inquéritos Policiais da Capital e estão sendo executados em Cuiabá, Chapada dos Guimarães, São José dos Quatro Marcos (MT) e Maceió (AL).

A investigação conduzida pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) ao longo de dois anos revelou que o principal alvo, recém-libertado, utilizava um vasto círculo de pessoas – incluindo amigos, familiares e advogados – como “laranjas” para realizar transações imobiliárias e automobilísticas com o dinheiro proveniente de atividades criminosas.

A Operação Apito Final faz parte da estratégia da Polícia Civil para desmantelar o patrimônio adquirido ilegalmente por integrantes de facções criminosas atuantes em Mato Grosso.

Cento e cinquenta policiais civis de diversas delegacias da Diretoria de Atividades Especiais e da Diretoria Metropolitana participam da operação, com o apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil do Rio de Janeiro e da Divisão de Inteligência e Planejamento Policial de Sergipe.

A investigação apurou que o esquema criminoso movimentou um total de R$ 65.933.338,00 milhões durante o período sob análise. O principal alvo da operação, identificado como líder do tráfico de drogas na região do Jardim Florianópolis após sua libertação, tornou-se tesoureiro da facção criminosa, adquirindo diversos bens imóveis e veículos com o dinheiro proveniente de atividades ilegais.

A polícia identificou a aquisição de terrenos, casas e apartamentos, muitos em condomínios de classe média na capital, todos registrados em nome de terceiros, mas controlados pelo alvo principal da investigação. Além disso, foram descobertas aquisições de veículos através de transações simuladas, como forma de ocultar a propriedade dos automóveis.

Quatro dos alvos da Operação Apito Final foram presos em Maceió, incluindo o líder da associação criminosa, durante um jogo de futebol na última sexta-feira (29.03). Um quinto alvo, um advogado e membro da organização criminosa, que viajou a Alagoas para prestar assistência jurídica, também foi detido nesta terça-feira (02.04), em Maceió.

As prisões em Alagoas foram realizadas com o apoio da Diretoria de Inteligência e DRACCO, com colaboração da Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil em Maceió e do Centro Integrado de Operações Aéreas de Segurança Pública de Mato Grosso (Ciopaer).

           

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