Cuiabá inicia em outubro tratamento gratuito contra obesidade com Mounjaro
A Prefeitura de Cuiabá lança no próximo dia 4 de outubro, o Programa Cuiabá Mais Leve, voltado a pessoas em situação de vulnerabilidade diagnosticadas com obesidade grau 3. A iniciativa é considerada inédita na rede pública e reunirá acompanhamento médico, nutricional e atividades físicas supervisionadas, além do fornecimento gratuito do medicamento Mounjaro, conhecido pelo alto custo no mercado.
Como será o atendimento
O tratamento terá duração de sete meses. No primeiro, os participantes deverão cumprir um ciclo de exercícios orientados por profissionais da Secretaria de Esporte. Só depois terão acesso ao remédio, que será aplicado por mais seis meses, sempre acompanhado de orientações alimentares, atividades coletivas e monitoramento individual.
Os atendimentos serão realizados em quatro polos distribuídos pela cidade, com suporte de médicos, nutricionistas e educadores físicos. Inicialmente, a previsão é atender de 150 a 200 pessoas, com possibilidade de expansão em 2026.
Parceria entre Executivo e Legislativo
O programa foi discutido em reunião no Palácio Alencastro, com a presença do prefeito Abilio Brunini, da secretária de Saúde Danielle Carmona, do secretário de Economia Marcelo Bussiki e especialistas da área médica.
A Prefeitura de Cuiabá lança no próximo dia 4 de outubro, o Programa Cuiabá Mais Leve, voltado a pessoas em situação de vulnerabilidade diagnosticadas com obesidade grau 3. A iniciativa é considerada inédita na rede pública e reunirá acompanhamento médico, nutricional e atividades físicas supervisionadas, além do fornecimento gratuito do medicamento Mounjaro, conhecido pelo alto custo no mercado.
Como será o atendimento
O tratamento terá duração de sete meses. No primeiro, os participantes deverão cumprir um ciclo de exercícios orientados por profissionais da Secretaria de Esporte. Só depois terão acesso ao remédio, que será aplicado por mais seis meses, sempre acompanhado de orientações alimentares, atividades coletivas e monitoramento individual.
Os atendimentos serão realizados em quatro polos distribuídos pela cidade, com suporte de médicos, nutricionistas e educadores físicos. Inicialmente, a previsão é atender de 150 a 200 pessoas, com possibilidade de expansão em 2026.
Parceria entre Executivo e Legislativo
O programa foi discutido em reunião no Palácio Alencastro, com a presença do prefeito Abilio Brunini, da secretária de Saúde Danielle Carmona, do secretário de Economia Marcelo Bussiki e especialistas da área médica.
A vereadora Michelly Alencar (União Brasil), responsável pela emenda parlamentar de R$ 1,5 milhão que garante a compra do medicamento e a estrutura de atendimento, destacou que a medida busca democratizar o acesso a um tratamento que pode custar até R$ 1.700 por mês.
“Estamos falando de salvar vidas e devolver dignidade às pessoas que convivem com a obesidade”, afirmou.
O que é o mounjaro
O Mounjaro é o nome comercial do medicamento tirzepatida, desenvolvido pela farmacêutica norte-americana Eli Lilly.
Ele é aplicado por injeção semanal e foi criado inicialmente para o tratamento do diabetes tipo 2, mas ganhou destaque mundial por sua alta eficácia na redução de peso em pessoas com obesidade.
🔹 Como funciona:
A tirzepatida é um agonista duplo dos receptores GLP-1 e GIP, hormônios que atuam no controle da glicose e na regulação do apetite. Na prática, ela ajuda a:
- Reduzir a fome e aumentar a sensação de saciedade;
- Diminuir a ingestão calórica;
- Melhorar o metabolismo da glicose.
🔹 Resultados:
Estudos clínicos mostraram que pacientes em uso do Mounjaro podem perder até 20% do peso corporal, dependendo da dose e da adesão ao tratamento combinado com mudanças no estilo de vida.
🔹 Custo:
No Brasil, ainda não está amplamente disponível na rede pública e o preço pode variar em torno de R$ 1.700 a R$ 2.000 por mês, o que limita o acesso para a maior parte da população.
Obesidade em alta em Cuiabá e MT
Dados recentes do Ministério da Saúde (2024) revelam que Cuiabá tem a 4ª maior taxa de obesidade entre as capitais brasileiras, com 27,2% da população adulta nessa condição. Entre as mulheres, o índice é ainda mais alto: 29,7%, enquanto entre os homens é de 24,5%.
A meta global da OMS e do Pacto 2030 é reduzir a prevalência para menos de 20,3% até o final da década — patamar ainda distante da realidade local.
Em Mato Grosso, o cenário também é preocupante. Estimativas apontam mais de 37 mil casos de obesidade infantil no estado, impulsionados por alimentação ultraprocessada e sedentarismo. Entre os adultos, a projeção é que entre 60% e 70% estejam acima do peso, com taxa de obesidade variando de 28% a 36%, a depender da região e do perfil demográfico.
Por Primeira Página
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