Com US$ 19 bilhões em exportações, MT terá base da Apex para conquistar novos mercados
Com o objetivo de ampliar ainda mais a presença do agronegócio brasileiro no mercado internacional, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) anunciou, nesta terça-feira (23), a instalação de um escritório da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) em Cuiabá (MT). A iniciativa representa um novo passo na estratégia do governo federal para internacionalizar a produção agroindustrial do país, com foco especial no estado de Mato Grosso, líder nacional em produção de grãos e rebanho bovino.
Desde o início de 2023, o Mapa já viabilizou a abertura de 437 mercados internacionais para produtos do agro brasileiro, além de ampliar a quantidade de empresas habilitadas para exportação. Agora, com a instalação do novo escritório da ApexBrasil, espera-se um impulso ainda maior nas exportações mato-grossenses.
“Esse trabalho de sucesso do nosso governo, estreitando as relações do Brasil com o mundo, agora terá um impulso para o agronegócio e para a agroindústria como um todo, e também para alavancar outros setores da economia mato-grossense”, afirmou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro.
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A assinatura do termo para implantação do novo escritório foi realizada na sede da Apex, em Brasília, e contou com a presença de autoridades do setor. De acordo com o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, a iniciativa atende a uma demanda direta do ministro Fávaro.
“Firmamos o compromisso de abrir um escritório no estado que mais produz e exporta no agronegócio do Brasil, que é Mato Grosso. Cuiabá terá uma estrutura estratégica para facilitar negócios internacionais e atrair investimentos”, destacou Viana.
A unidade será inaugurada em novembro e funcionará na sede da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato). Com isso, Mato Grosso passará a integrar a rede de 17 escritórios da Apex espalhados pelo mundo, incluindo cidades como Miami, Pequim, Bruxelas e Dubai.

Potencial de crescimento e diversificação
Com exportações que já somam US$ 19,75 bilhões em 2025, Mato Grosso se destaca na pauta nacional do agronegócio. A soja segue como principal produto, com US$ 13,07 bilhões em vendas externas até setembro. No entanto, a expectativa é ampliar a diversidade de produtos exportados, fortalecendo outros segmentos da economia.
“Isso que vai acontecer em Mato Grosso é transformação. Não tenho dúvida de que esse trabalho é um bem muito grande que o estado precisa para, cada vez mais, colocar renda nas mãos das pessoas”, afirmou o presidente da Famato, Vilmondes Tomain.
Entre os produtos que ganharam destaque recente estão o DDG e o DDGS, subprodutos da produção de etanol de milho. Graças à atuação do Mapa e da Apex, esses itens conquistaram mercados em 13 países, como China, Reino Unido, México e Austrália. As exportações saltaram de 278 mil toneladas em 2022 (US$ 91 milhões) para quase 792 mil toneladas em 2024 (US$ 188 milhões).
Outro exemplo é o gergelim, cuja produção é liderada pelo município de Canarana. A China, principal importador do grão, habilitou recentemente 61 empresas brasileiras, sendo 20 delas mato-grossenses.
Exportações sustentáveis e cadeia integrada
Segundo o ministro Fávaro, a ampliação das exportações está diretamente ligada à sustentabilidade e à valorização das energias renováveis. “Conseguimos aproveitar ao máximo os produtos do agronegócio de maneira interligada: a produção de etanol de milho, a superssafra do grão, a alimentação animal e a verticalização com mais agroindústrias. Isso gera renda, emprego e posiciona o estado como referência global”, pontuou.
A ApexBrasil, criada em 2003, atua em parceria com o setor público e privado para atrair investimentos estrangeiros e promover os produtos brasileiros no exterior. Em 2024, a agência foi responsável pelo anúncio de mais de US$ 8,6 bilhões em investimentos externos no país.
A diretora de negócios da ApexBrasil, Ana Repezza, reforçou que o escritório de Cuiabá terá um papel estratégico. “Vamos focar não só nas grandes empresas, mas também nas pequenas e médias, buscando diversificar mercados e trazer ainda mais renda para a população”, concluiu.
Por Ana Flávia Moreira/Jornalista
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