Chamado de ‘moleque’, Abilio diz que Maysa ‘baixou o nível’
O prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), reagiu às críticas feitas pela vereadora Maysa Leão (Republicanos) durante a sessão da Câmara Municipal realizada na quinta-feira (4). Na tribuna, a parlamentar chamou o prefeito de “moleque” e “despreparado”, acusações que geraram forte resposta do chefe do Executivo horas depois, durante uma entrevista exibida na mesma noite.
Abílio afirmou que Maysa “baixou o nível” e argumentou que, caso utilizasse os mesmos termos contra ela, seria imediatamente acusado de violência de gênero.
“Se eu chamasse a vereadora Maysa de moleque ou moleca, qual seria a reação? Iriam dizer que é violência de gênero, que eu desrespeitei uma mulher na política. Mas ela pode subir na tribuna e usar termos pejorativos para me atacar”, declarou durante o programa Roda de Entrevista.
Críticas da vereadora
Na sessão da Câmara, Maysa Leão fez uma série de questionamentos à condução do primeiro ano da gestão Abílio. Ela afirmou que o prefeito não buscou diálogo com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o que, segundo ela, estaria dificultando o envio de recursos federais para a capital. A vereadora ainda mencionou declarações polêmicas do prefeito, como críticas feitas a médicos e a frase em que ele disse que “o cuiabano não gosta de trabalhar”.
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Abílio diz que ataques têm motivação política
O prefeito rebateu afirmando que Maysa estaria tentando distorcer suas ações e criando atritos para se promover politicamente.
“Ela tem buscado conflito para ganhar espaço. É pré-candidata. Se quer ser respeitada, também precisa respeitar. Eu não ofendo meus adversários; ela escolheu agir assim”, afirmou.
Discussão sobre redes sociais
Durante o discurso, a vereadora também ironizou a presença do prefeito no plenário, dizendo que ele vai à Câmara “para rolar a timeline do Instagram”. Abílio negou que o uso das redes interfira na sua atuação institucional.
“Não sei se era Instagram ou TikTok, mas eu estava na sessão e não havia problema algum. Quando o plenário está parado por causa de votação, olho WhatsApp, vejo minhas redes. É normal”, disse.
Gestão e relação com o Legislativo
Apesar da troca de farpas, Abílio declarou que pretende manter diálogo com os vereadores, mas não aceitará o que considera ataques de cunho pessoal.
“Se a pessoa deseja ser respeitada, precisa respeitar também. Cada um decide como quer se comportar”, finalizou.
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