Casos de dengue e chikungunya aumentam em Mato Grosso; 51 mortes já foram registradas neste ano
Casos de dengue e chikungunya aumentam em Mato Grosso; 51 mortes já foram registradas neste ano
Os casos de dengue e chikungunya cresceram de forma expressiva em Mato Grosso em 2024, segundo o último informe epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde (SES). O levantamento aponta que os casos prováveis de dengue aumentaram 51,7% em relação ao ano passado, passando de 27.939 para 42.399 registros. Já os casos de chikungunya apresentaram um salto alarmante de 6.241%, saindo de 333 em 2023 para 21.116 neste ano. Em contrapartida, os casos de zika registraram uma redução de 8,8%, com 455 ocorrências em 2024, frente a 499 no ano anterior.
Até o momento, 51 pessoas perderam a vida em decorrência dessas arboviroses no Estado. A dengue foi responsável por 39 óbitos, sendo Pontes e Lacerda o município com mais mortes registradas (8), seguido de Cuiabá (5) e Tangará da Serra (3). A chikungunya resultou em 12 mortes, com destaque para Tangará da Serra (7) e Sorriso (2). Cidades como Cáceres, São José do Rio Claro e Várzea Grande registraram um óbito cada. Nenhum óbito por zika foi registrado.
Municípios mais afetados
Onze municípios mato-grossenses já contabilizam mais de mil casos prováveis de dengue em 2024. Tangará da Serra lidera, com 4.171 registros, seguido de Cáceres (3.161) e Primavera do Leste (3.060). Outros municípios com altas incidências incluem Cuiabá (2.527), Nova Mutum (1.968), Barra do Bugres (1.591) e Pontes e Lacerda (1.556).
Com relação à chikungunya, Tangará da Serra também está no topo, com 5.727 casos, seguida de Cáceres (4.081) e Sorriso (2.997). Já os casos de zika são significativamente menores, sendo os maiores números registrados em Tangará da Serra (53), Nossa Senhora do Livramento (48) e São José do Rio Claro (43).
Dengue: um problema persistente
De acordo com o informe, três sorotipos do vírus da dengue estão em circulação no Estado: DENV 1, 2 e 4. A epidemiologista Ana Paula Muraro reforça que a dengue é um problema de saúde pública crônico.
“O Aedes aegypti é altamente adaptável e se reproduz na água parada, o que facilita sua proliferação. Todos os anos há um aumento de casos, com impacto expressivo na saúde, já que parte dos pacientes precisa de internação e alguns vão a óbito. Além disso, a circulação de diferentes sorotipos aumenta o risco de uma pessoa contrair a doença mais de uma vez”, explicou.
Prevenção é fundamental
Diante do aumento nos casos, a população é alertada para redobrar os cuidados, como eliminar recipientes que acumulam água, limpar calhas, tampar caixas d’água e utilizar repelentes. Essas medidas são essenciais para conter a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor das três doenças.
A SES reforça que o combate ao mosquito é uma responsabilidade coletiva e que a prevenção é o principal caminho para reduzir
Fonte: Yan Rocha/RBT News com informações do GD
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