Caso Renato Nery: Justiça manda soltar militares presos por forjar confronto com arma que matou advogado em Cuiabá
A Justiça determinou, na última quinta-feira (29), a soltura provisória dos quatro policiais militares presos na Operação Office Crimes: A Outra Face, em março deste ano, que investiga o homicídio do advogado Renato Gomes Nery, em Cuiabá. Eles são investigados por forjar um confronto com a arma usada para matar o advogado, em julho do ano passado.
O grupo de militares (veja os nomes abaixo) é acusado de homicídio qualificado consumado, tentativa de homicídio, fraude processual, porte ilegal de arma de fogo e organização criminosa.
- Wailson Alessandro Medeiros Ramos
- Wekcerlley Benevides de Oliveira
- Leandro Cardoso
- Jorge Rodrigo Martins
Apesar das acusações, a Justiça entendeu que “não há elementos concretos que justifiquem a manutenção da prisão preventiva”. Conforme a decisão, os acusados possuem residência fixa, bons antecedentes, vínculos familiares e profissionais, e colaboraram com as investigações sem apresentar risco à instrução criminal.
Os policiais deverão cumprir apenas medidas cautelares, como a entrega de relatório trimestral das atividades realizadas, com escalas de serviço; proibição de manter contato com vítima e testemunhas por qualquer meio; recolhimento domiciliar noturno, das 20h às 6h, e nos dias de folga.
Histórico dos policiais
De acordo com a Justiça de Mato Grosso, Jorge Rodrigo aparece em um processo sobre a morte de Mayk Sanches Sabino, morto em um possível confronto policial, em 2020.
Jorge foi indiciado também pela morte de Ricardo Conceição da Silva, morto em 2023, no bairro Três Barras, em Cuiabá. Já Wailson Alesandro é um dos indiciados pela morte de Victor Lima Hipolito.
Leandro Cardoso foi alvo Operação Simulacrum, que investigou um grupo de mais de 60 policiais militares suspeitos de 24 mortes em simulações de confrontos.
Por G1 MT




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