Atirador de chacina em Sinop vai a júri popular em junho
Edgar Ricardo de Oliveira, de 30 anos, atirador da chacina de Sinop, a 503 km de Cuiabá, vai a júri popular no dia 18 de junho. A data foi definida pela juíza Rosângela Zacarkim dos Santos, da 1ª Vara Criminal do município, nessa quarta-feira (14).
O crime ocorreu em 21 de fevereiro de 2023 em um bar do município do norte do estado. Na ocasião, Edgar matou sete pessoas, entre elas uma adolescente de 12 anos. A sessão do Tribunal do Júri terá início às 8h30.
Edgar é acusado por sete homicídios qualificados (motivo torpe, emprego de meio cruel, por meio que resultou perigo comum e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima), furto qualificado e roubo majorado. O outro envolvido, Ezequias Souza Ribeiro, morreu em um confronto com a polícia.
O crime foi registrado por câmeras de segurança do bar onde aconteceu a chacina. (Veja vídeo ao final da reportagem). O autor dos sete homicídios segue em prisão preventiva.
A defesa de Edgar pediu à Justiça a desconsideração dos agravantes do crime. Entretanto, a juíza entendeu que os indícios da prática criminosa por parte de Edgar ficaram suficientemente demonstrados.
Sobre o pedido do Ministério Público para que Edgar seja penalizado por roubo e furto, a Justiça entende que os crimes foram conexos, com isso, também deverá ser analisado pelo Conselho de Sentença.
Veja quem foram as vítimas
- Larissa Frasao de Almeida – 12 anos
- Orisberto Pereira Sousa – 38 anos
- Adriano Balbinote – 46 anos
- Getúlio Rodrigues Frasão Júnior – 36 anos
- Josué Ramos Tenório – 48 anos
- Maciel Bruno de Andrade Costa – 35 anos
- Elizeu Santos da Silva – 47 anos. Este último chegou a ser socorrido com vida, mas morreu no hospital.
Chacina de Sinop
A chacina ocorreu por volta das 17h, no bairro Jardim Lisboa, no Bar do Bruno. Conforme o delegado, o dono do estabelecimento também morreu e a adolescente é filha de uma das vítimas, o Getúlio.
Conforme o delegado do caso, os atiradores Edgar e Ezequias estavam jogando sinuca apostado e foram jogar contra uma das vítimas, o Getúlio, na parte da manhã. Perderam várias partidas, no valor de R$ 4 mil. Voltaram à tarde e perderam mais algumas partidas.
O delegado afirma que Edgar é quem estava jogando as partidas. Ficou irritado, foi no carro e pegou uma espingarda, e Ezequias uma pistola 380.
O delegado detalhou que Ezequias colocou o pessoal para o canto e Edgar iniciou a execução matando primeiro Maciel Bruno, dono do bar, depois atirou em Getúlio, pelas costas, e depois deu dois tiros no olho dele. Em seguida, passou a atirar em todos. Edgar atirou em quem corria, inclusive na menina.
Ação filmada
O vídeo do crime (veja no início da matéria) mostra Ezequias entrando no bar com um revólver na mão, mandando que os presentes fiquem contra a parede.
No momento seguinte, Edgar aparece pegando uma espingarda calibre 12 mm dentro de uma caminhonete. Ele entra no bar sem falar nada, com um cigarro na boca, e já começa a atirar. A ação é tão rápida, que até o comparsa se assusta com o primeiro disparo, que acerta a cabeça de uma das vítimas
As cenas são fortes. Após os quatro primeiros homens serem mortos à queima-roupa, um quinto homem, de camiseta vermelha, tenta correr e a adolescente sai na frente, em direção à rua.
O homem com espingarda acerta os dois já na parte de fora do bar. Após isso, ele volta para o estabelecimento e tenta atirar novamente contra uma das vítimas que está caída, mas a arma parece estar descarregada.
Sobreviventes
Pelas imagens, é possível ver que uma mulher estava no local. Ela não foge, apenas se abaixa atrás de uma mesa. Mesmo a vendo, a dupla não atira.
Um outro homem que estava no local, assim que vê o primeiro disparo, sai correndo e consegue escapar.
Ao todo, haviam nove pessoas no local, tirando os atiradores, e seis morreram na hora.
Ainda conforme as imagens, os dois homens pegam dinheiro que estava em uma mesa de sinuca, alguns objetos nas mesas e fogem na caminhonete.
Por Primeira Página




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