“Amigos” de infância que mataram “Xuxa” e quase o decapitaram vão a júri popular em Sorriso na próxima segunda-feira (17)
Os dois acusados de matar brutalmente Everton Passos de Andrade, de 39 anos, conhecido como “Xuxa”, irão a júri popular na próxima segunda-feira (17/11), às 8h, no Fórum de Sorriso (MT).
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Serão julgados o médico veterinário Richard Bortolo Junior e o mecânico Matheus Augusto Drago Schnoor, apontados como autores do homicídio qualificado ocorrido na madrugada do dia 6 de setembro de 2022, às margens do Rio Lira, após uma discussão entre o trio que era amigo de infância.
O crime
De acordo com as investigações, Richard e Matheus participaram de uma festa com a vítima, em Sorriso. Após uma discussão, os dois teriam atropelado Everton e, em seguida, o agredido violentamente até desmaiar.
Em seguida, colocaram o corpo no carro e levaram a vítima até uma área de mata próxima ao Rio Lira, onde tentaram degolá-lo, provocando uma quase decapitação, antes de jogar o corpo no rio.
A motivação teria sido um desentendimento banal entre os amigos. O caso chocou a cidade pela violência e frieza dos envolvidos.
Acusação e manutenção da prisão
Os dois réus foram denunciados por homicídio qualificado, por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima.
Na decisão que os levou a julgamento, a Justiça destacou que:
“A prova da existência do crime e os indícios de autoria são veementes e não foram abalados no decorrer do feito. O perigo gerado pelo estado de liberdade dos acusados persiste, demonstrado a partir do modus operandi utilizado.”
Richard e Matheus permanecem presos preventivamente, mesmo após a defesa recorrer da decisão. A juíza responsável pelo caso determinou que ambos continuem detidos até o julgamento.
Apesar disso, há relatos de que Matheus presta serviços no fórum de Sorriso, circulando livremente nas dependências do prédio judicial.
Decisões anteriores
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) já havia negado habeas corpus solicitado pela defesa do médico veterinário Richard Bortolo Junior. A decisão foi assinada de forma monocrática pelo ministro Reynaldo Soares da Fonseca, que manteve a prisão preventiva do acusado.
O ministro considerou que a forma cruel e premeditada do crime demonstra “frieza e periculosidade dos acusados”, ressaltando a necessidade de garantir a ordem pública.
“Os dois agrediram a vítima até que desmaiasse, colocaram-no no carro e cortaram seu pescoço, tentando ocultar o corpo. Tal cenário revela a frieza dos acusados e justifica a manutenção da prisão preventiva”, diz trecho da decisão.
A defesa argumentou que o médico é réu primário, possui bons antecedentes, residência fixa e ocupação lícita, mas o tribunal entendeu que as circunstâncias do crime superam esses fatores.
O julgamento
O júri popular está marcado para segunda-feira (17), às 8h, no Fórum de Sorriso, e deverá reunir testemunhas, familiares e representantes do Ministério Público.
A expectativa é de que o julgamento se estenda por todo o dia, dado o volume de provas e a gravidade do caso.
Por Nortão




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