Adolescente de 14 anos que morreu; procurou atendimento médico quatro vezes
A morte da adolescente Vitória Emanuelly da Silva, de apenas 14 anos, na unidade hospitalar de Lucas do Rio Verde (MT), tem causado profunda comoção e levantado questionamentos sobre a demora no diagnóstico do quadro de saúde grave.
Segundo informações apuradas pelo Terra MT Digital, a jovem deu entrada no Hospital São Lucas em estado gravíssimo, após ser transferida de Santa Rita do Trivelato, onde residia com a família.
Vitória chegou ao hospital São Lucas por volta das 4h30 da madrugada, encaminhada em uma ambulância acompanhada apenas do motorista e familiares. Ainda conforme o relato, a adolescente já apresentava rebaixamento de consciência e um quadro severo de hipoglicemia (nível de glicose extremamente baixo) tão grave que o aparelho não conseguiu medir.
“Ela chegou em estado gravíssimo. Foi submetida à intubação, realizados exames laboratoriais e de imagem, e os resultados vieram extremamente alterados. Já conseguimos vaga na UTI, mas infelizmente o quadro era praticamente irreversível”, disse uma fonte do Portal Terra MT Digital.
A equipe médica teria feito todos os procedimentos possíveis para estabilizar a paciente. Vitória foi levada à UTI por volta das 10h da manhã, mas acabou falecendo às 22h do mesmo dia.
A gravidade dos exames levantou a suspeita de que a adolescente poderia estar enfrentando uma doença hematológica grave, como uma leucemia ou câncer específico, o que só pode ser confirmado por meio de exames mais complexos.
“Pelo que a gente viu nos exames, parecia algo oncológico. Talvez, se tivesse sido diagnosticado antes, o tratamento poderia ter sido antecipado. Mas ela já chegou em estado muito avançado”, explicou.
Relatos de familiares indicam que Vitória havia procurado atendimento médico em pelo menos quatro ocasiões, entre o PAM e a UBS Primaveras, reclamando de fortes dores e fraqueza, mas o problema de saúde não foi identificado.
Nas redes sociais, a publicação que noticiou sua morte repercutiu, reunindo mensagens de indignação e solidariedade. A dor da mãe, professora Silmara Cristiana Malaquias, comoveu amigos, colegas e moradores de toda a região.
Até o momento, a causa oficial da morte não foi divulgada, e o caso deve ser acompanhado por órgãos de saúde e autoridades competentes.
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