O deputado estadual Eduardo Botelho (União Brasil) afirmou apoiar a operação contra o tráfico de drogas realizada pelas forças de segurança do Rio de Janeiro na última terça-feira (28). No entanto, ele ressaltou que o combate ao crime só será efetivo se houver ações voltadas para descapitalizar as organizações criminosas, bloqueando bens e contas ligadas a esses grupos.
“Não tem como resolver isso sem envolver principalmente a Polícia Federal e o COAF”, destacou Botelho em entrevista à imprensa nesta quarta-feira (29).
O COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) é o órgão de inteligência responsável por monitorar movimentações financeiras suspeitas no país. Mesmo sem a necessidade de quebra de sigilo bancário, o conselho consegue identificar transações atípicas, que podem embasar investigações da Polícia Federal.
Segundo o parlamentar, a operação fluminense foi conduzida sem a participação de instituições essenciais para atingir o núcleo financeiro do crime. “Na minha visão, fazer uma operação sem o envolvimento da PF e do COAF, que são os órgãos capazes de agir sobre a estrutura econômica dessas facções, não traz resultado duradouro. Vai morrer muita gente, mas eles continuam com dinheiro e voltam a operar”, avaliou.
Botelho também criticou o que classificou como uso político da ação por parte do governador Cláudio Castro (PL), que reuniu governadores alinhados à direita no mesmo dia da operação.
“O governo do Rio fez claramente politicagem, ao convocar apenas governadores de direita para discutir o tema. Isso é um desrespeito com um assunto tão grave, que é nacional. Segurança pública não tem ideologia, é um problema de todos, de esquerda, de direita ou de centro”, concluiu o deputado.

Deixe uma resposta