“A população precisa saber onde o dinheiro está sendo aplicado”, diz Faissal ao cobrar detalhes sobre duplicação da BR-163
O deputado estadual Faissal Calil (Cidadania) apresentou, nesta quarta-feira (19), durante sessão plenária da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), um Requerimento de Informações direcionado a diversos órgãos estaduais e federais envolvidos na duplicação da BR-163. O pedido foi encaminhado à AGER/MT, Nova Rota do Oeste S.A., SINFRA/MT, MT-PAR, SEMA/MT e ANTT, que terão 30 dias para responder.
O parlamentar solicita dados técnicos e administrativos referentes à duplicação de 56,2 quilômetros da rodovia no trecho entre Várzea Grande e Jangada. A obra, iniciada após a assinatura da 8ª Ordem de Serviço em 18 de julho de 2025, tem investimento estimado em R$ 449 milhões, contemplando a construção de pontes, viaduto, passarela, acessos e vias marginais.
No documento, Faissal pede o envio de uma série de informações detalhadas, entre elas:
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Projeto executivo completo, com os traçados alternativos estudados para o trecho de Jangada, justificativas técnicas e cronograma físico-financeiro atualizado;
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Orçamento analítico da obra, acompanhado da nota técnica da ANTT que aprovou o valor global;
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Atas, gravações e listas de presença de audiências e consultas públicas realizadas;
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Informações sobre desapropriações, critérios de avaliação e eventuais programas de apoio aos moradores e proprietários afetados;
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Plano de comunicação social da concessionária e registros de reuniões com a comunidade;
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Licenças ambientais (LP, LI e LO), além das condicionantes em vigor;
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Dados sobre a arrecadação de pedágios nos últimos 12 meses e o montante efetivamente aplicado na duplicação, manutenção e operação do trecho;
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Estudos de viabilidade econômico-financeira que relacionam os investimentos ao retorno tarifário.
Faissal Calil ressalta que a duplicação da BR-163 é considerada uma das obras mais importantes para Mato Grosso, devido ao intenso fluxo de veículos e ao histórico de acidentes na região. Para ele, a dimensão do projeto e seus impactos diretos sobre produtores, comerciantes e moradores tornam indispensável a transparência.
“A fiscalização garante que os recursos investidos na concessão cumpram sua função social e econômica. A população precisa saber como e onde o dinheiro está sendo aplicado”, afirmou o deputado.
O requerimento deve ser analisado pelos órgãos competentes nos próximos dias, e as respostas deverão ser encaminhadas à Assembleia dentro do prazo legal.




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