“A lei tem que funcionar na vida real”, diz Janaína Riva após relato de jovem vítima de agressões
A deputada estadual Janaína Riva manifestou indignação após o desabafo da jovem Stephany Leal, de 23 anos, que tornou públicas nas redes sociais as agressões e ameaças que vinha sofrendo do ex-companheiro. O caso ganhou repercussão nacional depois que Stephany afirmou que só conseguiu garantir a prisão do agressor após expor sua própria situação nas redes.

Para Janaína, o relato da jovem é “um tapa na cara de todas nós” e evidencia a distância entre o que está previsto em lei e a proteção efetiva oferecida às mulheres. Segundo a parlamentar, a história escancara a fragilidade dos mecanismos de segurança e a sensação de desamparo enfrentada por vítimas de violência doméstica.
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“Estamos falando de uma mulher que já tinha medida protetiva, que tinha provas, que tinha vídeos. Mesmo assim, o agressor se sentiu seguro para zombar da Justiça, para ameaçá-la, para agir como se nada pudesse atingi-lo. Isso é a fotografia do feminicídio anunciado”, declarou.
A deputada reforçou que, por trás de cada feminicídio, existe um ciclo anterior de violência psicológica, verbal e física que muitas vezes não é interrompido por falhas do Estado.
“O desabafo da Stephany é desesperador. Ela disse claramente: ‘Era ele ou eu’. Essa frase resume a realidade brutal que milhares de brasileiras enfrentam. Nenhuma mulher pode depender das redes sociais para ser levada a sério. A lei tem que funcionar na vida real”, afirmou.
Janaína defendeu ações mais rigorosas e imediatas para garantir a segurança das vítimas, como maior fiscalização das medidas protetivas, respostas rápidas às denúncias e responsabilização exemplar dos agressores.
“Enquanto o Estado falhar, enquanto a mulher não for ouvida no primeiro pedido de socorro, nós continuaremos enterrando mães, filhas e amigas. Por Stephany e por todas nós, essa omissão precisa acabar”, completou.
O caso volta a acender o debate sobre a urgência de políticas públicas integradas de prevenção e combate à violência doméstica, reforçando a necessidade de medidas eficazes que impeçam que situações como a de Stephany se repitam.




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