“Dívida Pode Chegar a 100% do PIB até 2030”, Alerta Deputada Margareth Buzetti nas Redes Sociais
Em uma declaração publicada nas redes sociais, a deputada federal Margareth Buzetti (PSD-MT) fez duras críticas à condução econômica do governo Lula, alertando para o risco de a dívida pública brasileira alcançar 100% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2030. Segundo a parlamentar, o atual governo estaria promovendo uma “gastança desenfreada”, aumentando o déficit e colocando em risco a estabilidade fiscal do país.
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“A dívida bruta pode chegar a 100% do PIB. Isso é o mesmo que dizer que tudo o que o Brasil produz em um ano inteiro será usado só para pagar dívidas. E isso não funciona num país como o nosso, onde a moeda é fraca, os juros estão altíssimos e a credibilidade fiscal é zero”, escreveu Buzetti, em vídeo publicado em seus perfis oficiais.
As declarações da deputada fazem referência a projeções da Instituição Fiscal Independente (IFI), que apontam para o risco de deterioração da dívida pública nos próximos anos, caso o governo não consiga equilibrar receitas e despesas.
“Essa trajetória é uma bomba-relógio fiscal”, afirmou a parlamentar, citando ainda que, desde 2023, mais de R$ 300 bilhões teriam sido gastos fora da meta oficial, sem previsão no orçamento.
Entre os exemplos citados por Buzetti estão os programas Pé de Meia, voltado ao incentivo da permanência de jovens no ensino médio, e Gás do Povo, que prevê subsídio para o gás de cozinha de mais de 15 milhões de famílias. Ambos os projetos, segundo ela, foram lançados sem que o governo apresentasse a origem dos recursos. No caso do Pé de Meia, o Tribunal de Contas da União (TCU) bloqueou R$ 6 bilhões até que a equipe econômica explique a fonte da verba.
A deputada também criticou a meta de déficit primário zero para 2025, prometida pelo governo, mas que já foi revista. O próprio Ministério da Fazenda admite que o déficit pode chegar a R$ 26 bilhões, enquanto o mercado projeta um rombo de quase R$ 70 bilhões.
“O governo promete zerar o déficit, mas na prática cria programas eleitoreiros, sem explicar de onde vai sair o dinheiro. Tudo isso parece bom agora, mas a conta vai chegar em forma de juros, inflação e aumento de impostos”, alertou Buzetti.
Ela também citou os R$ 150 bilhões previstos para o Bolsa Família em 2025 e as isenções fiscais bilionárias como sinais de que o país está ampliando despesas sem responsabilidade fiscal.
Apesar do tom crítico, a deputada encerrou sua fala com um apelo à responsabilidade:
“Ou o Brasil corta gastos e recupera a credibilidade, ou essa conta vai chegar mais cara para todos nós”.
A declaração de Margareth Buzetti gerou repercussão nas redes sociais e ecoa uma preocupação compartilhada por parte do mercado financeiro e de analistas econômicos, que apontam a necessidade de um ajuste estrutural nas contas públicas. A dívida bruta do país está atualmente em torno de 77% do PIB, e especialistas alertam que a tendência de crescimento pode comprometer o equilíbrio macroeconômico nos próximos anos.
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