×

Influenciadores digitais divulgavam esquema de raspadinhas ilegais que destinava 80% dos lucros para facção criminosa em MT

Influenciadores digitais divulgavam esquema de raspadinhas ilegais que destinava 80% dos lucros para facção criminosa em MT

Influenciadores digitais divulgavam esquema de raspadinhas ilegais que destinava 80% dos lucros para facção criminosa em Mato Grosso, de acordo com a Polícia Civil neste sábado (18). Contudo, nenhuma identidade foi divulgada.

O esquema foi desarticulado na Operação Raspadinha do Crime, deflagrada na última terça-feira (14).

A engrenagem criada pela facção criminosa foi descoberta pela investigação da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e pela Delegacia Especializada de Repressão ao Crime Organizado (Draco), da Polícia Civil de Mato Grosso, em conjunto com a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco).

Os integrantes da facção montaram núcleos regionais nas cidades onde eram revendidas as raspadinhas, coordenados pelos próprios membros do grupo criminoso, chamados de “irmãos da facção”, responsáveis diretos pelos pontos, que eram identificados como “quebradas”, segundo a investigação.

Parte dos envolvidos no esquema atuava como influenciadores digitais e pequenos empreendedores, promovendo os jogos em redes sociais e propagando a falsa ideia de que se tratava de uma ação promocional legítima.

A polícia revelou um sofisticado esquema hierárquico, em que membros do grupo mantinham funções fundamentais, como atuar na distribuição dos bilhetes aos comércios para arrecadar os valores, promover controle contábil, prestação de contas e a remessa dos valores ao núcleo principal.

Em relação à atuação dos “irmãos”, a investigação mostrou que eles intimidavam os comerciantes ou até mesmo acionavam a “disciplina” da facção em caso de descumprimento das normas ou ameaças ao andamento do esquema.

Assim, os núcleos regionais e locais constituíam a base territorial da estrutura criminosa, assegurando sua capilaridade, lucratividade e a manutenção da ordem imposta pela facção, de acordo com a polícia.

Como funcionava o esquema

 

A polícia descobriu que os criminosos dividiam os lucros da seguinte maneira:

  • 10% ficavam com o distribuidor local (irmão da quebrada);
  • 10% eram repassados ao comerciante revendedor
  • 80% restantes eram encaminhados ao núcleo financeiro da facção, pelos “irmãos” que realizavam a transferência para a conta “laranja” indicada após o fechamento mensal.

 

Deixe uma resposta