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“Tem gente que hoje se diz de direita, mas ontem estava do outro lado. Coerência tem que valer pra todo mundo”, declarou.

“Tem gente que hoje se diz de direita, mas ontem estava do outro lado. Coerência tem que valer pra todo mundo”, declarou.

Em entrevista ao podcast RBT News, o ex-ministro da Agricultura,Neri Geller fez críticas contundentes ao que chamou de radicalismo seletivo de lideranças da chamada “direita raiz”, como o  o presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto.

Tem gente que hoje se diz de direita, mas ontem estava do outro lado. Coerência tem que valer pra todo mundo”, afirmou Geller, ao comentar o que considera hipocrisia dentro do discurso político atual.

“Valdemar indicou duas vezes o vice do Lula”, diz Geller

Geller destacou o caso do ex-vice-presidente José Alencar, lembrando que foi Valdemar Costa Neto quem o indicou duas vezes como vice de Luiz Inácio Lula da Silva, quando ainda era filiado ao PL.

“O Valdemar indicou o vice do Lula duas vezes. Agora quer posar como símbolo da direita pura? Isso não cola. A política tem que ser feita com coerência”, disparou.

José Alencar foi eleito vice-presidente em 2002 na chapa de Lula e reeleito em 2006. Em 2005, migrou para o então recém-criado PRB, mas permaneceu no cargo até o fim do segundo mandato do petista, em 2010.

Agro sem bandeira ideológica

Neri Geller reiterou sua atuação técnica e pragmática à frente do agronegócio, destacando que seu compromisso sempre foi com os produtores, não com partidos.

Nunca saí da trincheira da agricultura. Nosso foco sempre foi abrir mercado, gerar competitividade, ajudar quem produz”, disse. “Se for pra China, Rússia, Irã… o que importa é vender e garantir renda pro produtor.”

Ele também criticou o discurso de enfrentamento adotado por setores da bancada ruralista, e cobrou foco em logística, crédito e infraestrutura para o desenvolvimento do agro.

“ Tem que sentar na mesa, negociar, resolver. Eu fiz isso a vida toda.”

“Pode criticar, pode divergir, mas tem que conversar. O agro não pode ser usado como palco de guerra ideológica.”

Por Ana Flávia Moreira/Jornalista

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