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Diretor de Habitação de Sorriso (MT), Júnior Betanin, anuncia punições para quem vender casa popular do programa Ser Família HABITAÇÃO

Diretor de Habitação de Sorriso (MT), Júnior Betanin, anuncia punições para quem vender casa popular do programa Ser Família HABITAÇÃO

O diretor do Departamento de Habitação de Sorriso (MT), Júnior Betanin, esclareceu nesta semana quais serão as punições aplicadas a beneficiários que tentarem vender ou transferir irregularmente imóveis recebidos por meio do programa Ser Família HABITAÇÃO.

Segundo Betanin, a medida busca impedir que imóveis com finalidade social sejam usados para especulação ou obtenção de lucro por terceiros. Ele foi categórico ao afirmar que haverá fiscalização e punição severa para quem descumprir as regras.

“É uma política pública para dar moradia digna a quem precisa. Quem tentar burlar isso, seja vendendo, alugando ou cedendo a terceiros, poderá perder o imóvel e sofrer sanções”, declarou o diretor.


O que acontece com quem vender ou ceder o imóvel

Entre as punições previstas para quem alienar ou transferir o imóvel de forma irregular, estão:

  • Perda imediata do direito à moradia: o contrato de comodato será cancelado, e o imóvel voltará à posse da prefeitura;

  • Multas e ressarcimento ao erário público, quando houver ganho financeiro indevido;

  • Encaminhamento para o Ministério Público em casos com indícios de crime, como estelionato ou fraude;

  • Responsabilização criminal, quando configurada a intenção de burlar o programa.

Segundo Betanin, a prefeitura já possui mecanismos de controle e denúncia para monitorar o uso correto dos imóveis.

“Vamos fiscalizar, sim. Embora sejam poucas residências, a fiscalização será contínua. Mas é claro que, se houver alguém querendo dar o ‘jeitinho’, como infelizmente já aconteceu em outros bairros, pode ser difícil identificar de imediato”, disse.

O diretor citou como exemplo o bairro Mário Heiter, também em Sorriso, onde já há registros de casas que passaram por até quatro moradores diferentes após a entrega, inclusive, com imóveis sendo vendidos por R$ 5 mil.

“Isso é um absurdo. Você tira a casa de uma pessoa pobre, que precisa de verdade, pra alguém lucrar em cima? É imoral. A casa é pra resolver um problema social, não pra enriquecer quem tem dinheiro”, criticou Betanin.


Demanda em alta: mais de 20 mil famílias aguardam

Betanin também revelou os números atualizados do déficit habitacional em Sorriso. De acordo com o pré-cadastro municipal, existem hoje 20.500 famílias inscritas aguardando uma oportunidade de moradia.

Dessas, cerca de:

  • 10 mil estão na faixa 1 (renda mais baixa);

  • 8 mil na faixa 2;

  • O restante se distribui entre faixas 3 e 4.

“A fila é enorme. A gente precisa garantir que cada casa chegue à pessoa certa. Se alguém burla o sistema e vende, uma família que está esperando honestamente acaba ficando de fora”, completou o diretor.


Exigência de leis mais rígidas em nível federal

Apesar das ações locais, Júnior Betanin defende que o Governo Federal deve criar leis mais duras para punir esse tipo de prática em programas habitacionais.

Com uma fila de mais de 20 mil famílias, o município de Sorriso (MT) reforça a vigilância sobre o uso correto das casas populares do programa Ser Família HABITAÇÃO. A prefeitura alerta que venda, aluguel ou cessão irregular resultará em perda do imóvel e possível punição judicial.

Enquanto a fiscalização avança, moradores e autoridades seguem cobrando leis federais mais rígidas e ações que impeçam a exploração da vulnerabilidade de quem mais precisa.


📢 Denúncias sobre irregularidades podem ser feitas junto à Secretaria Municipal de Assistência Social ou pelo canal oficial da Prefeitura de Sorriso.

Por Ana Flávia Moreira/Jornalista

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