Senadora Margareth Buzetti critica duramente a “PEC da Blindagem”: “Carta-branca para cometer crimes”
A senadora Margareth Buzetti (Progressistas-MT) se posicionou com firmeza contra a aprovação da chamada “PEC da Blindagem” pela Câmara dos Deputados. Em um vídeo publicado nas redes sociais, Buzetti classificou a proposta como “um absurdo” e alertou para os riscos que a medida representa à credibilidade do Congresso Nacional e à democracia brasileira.
A Proposta de Emenda à Constituição, aprovada na Câmara, limita a possibilidade de prisão de parlamentares, inclusive em casos de flagrante, exigindo aval do próprio Legislativo para que processos judiciais possam seguir adiante. A iniciativa gerou reações negativas em diversos setores da sociedade e no Senado, onde a matéria ainda precisa ser analisada.
Para Buzetti, a aprovação da PEC equivale a conceder impunidade generalizada aos parlamentares.
“Quer dizer então que um deputado preso em flagrante porque matou alguém só vai ser processado se a Câmara permitir? Gente, parece coisa de maluco, mas foi isso que a Câmara aprovou”, afirmou a senadora no vídeo.
Segundo ela, a medida desmoraliza o trabalho das forças de segurança, ignora o sofrimento das vítimas e mina ainda mais a já combalida confiança da população no Parlamento.
“Hoje, sem essa PEC absurda, o Congresso já é a instituição menos confiável do Brasil. 52% dos brasileiros não confiam no Parlamento. Imagina se a gente aprova essa carta-branca para que o parlamentar cometa crime? Estão querendo um parlamento dominado pelo crime organizado?”, questionou.
A senadora também fez questão de separar a defesa da liberdade de opinião parlamentar da impunidade penal.
“Sou contra criminalizar opiniões de parlamentares. Mas blindá-los contra qualquer crime é rir da cara do povo brasileiro”, completou.
Outro representante de Mato Grosso no Senado, Jayme Campos (União Brasil), também criticou duramente a proposta, classificando-a como “uma porrada na cara do cidadão”.
A PEC ainda precisa ser analisada pelo Senado Federal, onde encontrará forte resistência de senadores que, como Buzetti, enxergam na proposta uma ameaça direta à transparência, à justiça e à ética na política.
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