Canetas emagrecedoras feitas no Brasil chegam às farmácias nesta segunda
Novo medicamento para auxiliar na perda de peso, a caneta emagrecedora Olire está prevista para chegar às farmácias a partir desta segunda-feira. Além dessa novidade, haverá o início das vendas da caneta Lirux, indicada para o controle do diabetes tipo 2.
No Espírito Santo, a previsão é que os dois medicamentos sejam ofertados nas próximas semanas. Ambos terão preços sugeridos a partir de R$ 307,26 (embalagem com uma caneta), R$ 507,07 (Lirux com duas canetas) e R$ 760,61 (Olire com três canetas).
Os medicamentos têm como princípio ativo a liraglutida, um análogo do hormônio GLP-1 que age na regulação do apetite, reduzindo-o e aumentando a saciedade. Também age no controle da glicemia, aumentando a secreção de insulina.
Olire tem dose diária de até 3 mg enquanto Lirux, de 1,8mg. Neste ano, é válido pontuar, a patente da liraglutida, comercializada como Victoza e Saxenda pela Novo Nordisk, expirou.
“Com a quebra da patente, é possível a fabricação por outros laboratórios, o que aumenta a concorrência e consequentemente a queda nos preços. Esse fator pode ajudar muito a acessibilidade aos medicamentos”, afirmou a endocrinologista e pesquisadora clínica Camila Pitanga Salim.
Com a nova opção Olire presente no mercado, a dúvida que fica é: quanto essa caneta pode ajudar?
Segundo a endocrinologista Gisele Lorenzoni, a liraglutida tem um potencial de emagrecimento um pouco menor do que a semaglutida, que é o princípio ativo das populares canetas Ozempic e Wegovy.
“O potencial de perda de peso é semelhante ao da Saxenda, mas isso é muito individual, dependendo da resposta de cada paciente”, explica.
De acordo com a nutróloga e gastroenterologista Christian Kelly Ponzo, pesquisas apontam que a perda de peso com liraglutida (Olire, Saxenda) gira em torno de 5% a 10% em 60% das pessoas que usam a dose plena para emagrecimento (3 mg).
“Sendo que 30% dos pacientes chegam a perder mais de 10% do peso”, pontuou a profissional, que é médica da Unidade do Sistema Digestivo do Hospital Universitário (Hucam) da Ufes.
Responsabilidade
Por fim, Camila Pitanga Salim ressaltou que a utilização das canetas deve ser responsável. “São medicamentos que devem ser prescritos por um médico capacitado, e será feita a retenção de receita na farmácia”, frisou.
“Além da prescrição, deve-se ter o acompanhamento médico para avaliação da resposta, possíveis efeitos colaterais e ajustes na dose”, completou a médica.
Por Veja
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