Homem é condenado e preso após 15 anos do assassinato de Roseli Gonçalves em Sorriso
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Na madrugada de 24 de dezembro de 2009, há exatos 15 anos e cinco meses, um crime brutal abalava o município Sorriso. Era véspera de Natal quando Roseli Gonçalves de Aguiar, de 31 anos foi assassinada em uma área rural entre os bairros São Domingos e Parque Universitário. Naquele tempo, o feminicídio ainda não era tipificado como crime na legislação brasileira caso contrário, a pena aplicada poderia ter sido ainda mais severa.
Nesta terça-feira, Paulo Schmit dos Santos foi condenado a 22 anos e seis meses de prisão pelo homicídio triplamente qualificado de Roseli Gonçalves. Após o julgamento, ele recebeu a sentença e foi preso para cumprir a pena em regime fechado.
O corpo da vítima foi encontrado nu, com as mãos amarradas para trás com a própria calça. Roseli apresentava sinais de agressão na cabeça, nuca e queixo. Próximo ao local estavam suas roupas íntimas, um pedaço de madeira e sua motocicleta.
De acordo com as investigações, Roseli e Paulo mantinham um relacionamento extraconjugal havia cerca de um ano e oito meses, marcado por conflitos e ameaças. Na noite do crime, os dois participaram de uma festa em um clube da cidade, onde discutiram. Segundo a versão acolhida pelo júri, o réu levou Roseli a um local afastado, onde a agrediu, estrangulou e a matou com um golpe na cabeça. Depois, teria retornado ao clube para tentar construir um álibi.
O juiz Rafael Depra Panichella, que presidiu o caso, explicou que o processo enfrentou uma longa tramitação por conta da complexidade e do desmembramento das ações que envolviam dois acusados. Ele também destacou que, como o feminicídio ainda não era previsto na legislação em 2009, a pena aplicada seguiu os critérios da época.
Para o promotor Luiz Fernando Rossi Pipino, a sentença representa a justiça sendo feita. “Mesmo com o passar dos anos, os familiares nunca desistiram de buscar a punição do agressor. Foi um crime covarde contra uma jovem mulher”, afirmou. Ele destacou ainda que a irmã da vítima já havia aconselhado Roseli a encerrar o relacionamento, que era permeado por ameaças.
A defesa de Paulo Schmit dos Santos já anunciou que irá recorrer da decisão.
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