Fonte:Redação RBT NEWS com informações da GD

Mato Grosso é confrontado com uma realidade desafiadora no que tange à doação de órgãos, conforme dados do Registro Brasileiro de Transplantes (RBT). No ano passado, 78% das famílias entrevistadas no estado recusaram a autorização para doação de órgãos de pacientes falecidos. Em 2023, foram registrados 85 possíveis doadores em Mato Grosso, porém somente 54 entrevistas foram conduzidas, resultando em 42 famílias que negaram o procedimento.

Mesmo diante dessa recusa expressiva, há relatos de casos em que famílias consentem com a doação, mesmo em meio à dor da perda, assim como casos em que o procedimento não pode ser efetuado devido à dificuldade na captação de órgãos. Dos 85 possíveis doadores notificados no ano passado, apenas seis se tornaram doadores de múltiplos órgãos, segundo os registros do RBT.

Enquanto isso, aproximadamente 1.300 pacientes aguardam ansiosamente por um transplante de órgão em Mato Grosso. Entre eles, está a história de Ediliane Folmer Plinson, que, sem jamais ter considerado tal situação, recebeu a trágica notícia da morte encefálica de sua filha, Meg Rayssa, de apenas três anos, em 07 de março deste ano.

Envolta em profunda tristeza, Ediliane lembra que, assim que recebeu a notícia, foi questionada sobre a possibilidade de doação de órgãos e, sem hesitar, aceitou realizar o gesto que viria a salvar a vida de outra menina de três anos, em São Paulo, que recebeu o coração de Meg.

Meg enfrentava desafios desde o nascimento, tendo sido diagnosticada com hidrocefalia e dependendo de uma válvula para drenar o excesso de líquido na cabeça. Após uma série de complicações de saúde, incluindo convulsões e paradas cardíacas, ela não resistiu. Apesar da resistência da família paterna, que inicialmente se opôs à doação de órgãos, Ediliane conseguiu convencer o pai de Meg a autorizar o procedimento.

Com um misto de dor e gratidão, Ediliane relembra a personalidade cativante de sua filha e se emociona ao compartilhar sua jornada. “Sinto falta da minha filha, mas saber que ela proporcionou vida a outra criança traz uma felicidade imensa! Vi na TV a mãe da outra criança radiante, falando sobre o coração que salvou sua filha. Vi ela saindo da UTI e, um mês depois, recebendo alta. Minha filha fez ela renascer.”

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