Vereador Wanderley Paulo critica descarte irregular de entulho e cobra ação do NIF: “Tem muita gente relaxada nesse município”
Durante sessão na Câmara Municipal, o vereador Wanderley Paulo fez duras críticas ao descarte irregular de entulho e à atuação do Núcleo Integrado de Fiscalização (NIF), cobrando mais responsabilidade tanto por parte da população quanto da fiscalização municipal.
Segundo o vereador, a Prefeitura tem feito sua parte com frequência na coleta de resíduos, oferecendo um calendário específico para o recolhimento de lixo seco, incluindo entulhos e materiais de grande porte, como sofás e geladeiras. No entanto, ele afirma que a colaboração da população ainda é insuficiente.
“Tem muita gente relaxada aqui nesse município, essa é a verdade. A gente recolhe o lixo úmido, passa três vezes por semana, o seco segue um calendário. E mesmo assim, tem gente jogando sofá no rio, lixo nos bueiros. Isso é relaxamento, não é culpa do município”, disparou Wanderley.
O vereador destacou ainda que muitos moradores, inclusive do centro da cidade, não têm sequer calçada construída, mesmo residindo no local há décadas. Ele afirma que essa falta de zelo com o espaço urbano contribui para a desordem e sobrecarga dos serviços públicos.
“Tem gente que tá aí há 40 anos morando no centro e não tem calçada ainda. Aí o município passa limpando, pintando meio-fio, e no dia seguinte tá tudo sujo de novo. Isso não é justo. Não dá pra culpar sempre o poder público”, disse.
Além das críticas à postura da população, Wanderley também cobrou atuação mais eficiente do NIF, dizendo que a população frequentemente reclama que solicita fiscalização, mas não é atendida.
“O NIF tem que agir quando a população chama, mas também tem que fiscalizar por conta própria. Não adianta só fiscalizar quando dá problema. E tem gente que me chama de ‘amado do diabo’, porque falo a verdade, mas alguém tem que dizer as coisas como são”, completou.
O parlamentar ainda comparou Sorriso a grandes cidades do Estado e do país, como Cuiabá, Rondonópolis e Várzea Grande, onde, segundo ele, o serviço de coleta de resíduos volumosos nem sequer é realizado gratuitamente.
“Vai ver se em Cuiabá ou Rondonópolis alguém recolhe sofá velho de graça. Aqui em Sorriso, o serviço existe, tem calendário, tem estrutura. O município faz a sua parte. Mas sem a colaboração da população, de nada adianta.”
Por fim, Wanderley reforçou a necessidade de uma mudança de postura coletiva para manter a cidade limpa e organizada:
“A gente só vai mudar esse município se a gente mudar a nossa consciência. Cada um tem que fazer a sua parte.”
Por Ana Flávia Moreira/Jornalista
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