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Homem que matou a tia e arrancou seu coração é liberado e cumprirá medida em casa

Homem que matou a tia e arrancou seu coração é liberado e cumprirá medida em casa

A Justiça de Mato Grosso autorizou a desinternação de Lumar Costa da Silva, de 33 anos, responsável por um crime brutal ocorrido em 2019, quando matou e arrancou o coração da própria tia, Maria Zélia da Silva, de 55 anos, no município de Sorriso. O caso teve grande repercussão nacional pela crueldade dos fatos.

Maria Zélia da Silva (vítima)

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A decisão, assinada pelo juiz Geraldo Fernandes Fidelis Neto, da 2ª Vara Criminal de Cuiabá, foi baseada em um laudo psiquiátrico do Centro Integrado de Atenção Psicossocial à Saúde (CIAPS), que apontou melhora clínica do paciente. O documento recomenda que ele continue o tratamento fora do ambiente hospitalar, em regime ambulatorial intensivo, com acompanhamento multiprofissional e supervisão familiar.

Não há indicação de tratamento em regime de internação. O paciente encontra-se com estabilidade clínica e juízo crítico preservado”, diz trecho do exame de cessação de periculosidade, realizado em agosto de 2024.

Mesmo com a alta médica, o laudo ressalta que Lumar sofre de um transtorno mental crônico e incurável, sendo necessária vigilância constante para prevenir recaídas e novos atos violentos. Ele deverá se apresentar mensalmente ao CAPS de Campinápolis (SP), cidade onde vive seu pai, Gilmar Costa da Silva, nomeado como seu curador legal.

Entre as condições impostas pela Justiça estão:

  • Tratamento ambulatorial contínuo no CAPS do município;

  • Proibição de uso de álcool e drogas;

  • Restrição de sair da cidade sem autorização judicial;

  • Apresentação de relatórios trimestrais à Justiça.

Lumar estava internado há cerca de 8 meses no CIAPS Adauto Botelho, em Cuiabá, após ser considerado inimputável penalmente devido ao diagnóstico de transtorno afetivo bipolar em estado psicótico.

A desinternação aconteceu na última sexta-feira 20 de junho de 2025, e o caso continuará sob monitoramento judicial. Ao final de um ano, o paciente passará por nova perícia psiquiátrica para reavaliar seu quadro.

Por Ana Flávia Moreira

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